28 maio, 2005

Dadores de sangue

Por: Amanda Alves

O Instituto Português de Sangue (IPS) revelou que, no ano passado, os dadores de sangue portugueses - que são, na sua maioria, masculinos - proporcionaram 303 mil dádivas: um número que quase permite a auto-suficiência dos hospitais do nosso país.

António Lopes é ex-aluno da Universidade Fernando Pessoa (UFP) e dador de sangue há cerca de 10 anos. Começou por uma brincadeira de fim de noite: «na altura ainda estava a tirar o curso e, nesse dia, vínhamos de uma noitada. Na chegada à UFP, vimos um peditório do IPS nas instalações e como estavam a dar comida, disse: “Porque não?!” ...e, desde aí, sou dador».

António já acabou o curso mas ainda agradece à Universidade por esta inicitativa (que se repete sempre que solicitada pelo IPS) e sente-se feliz em dar sangue pois: «é o poder anónimo de ajudar alguém». Por essa razão, sempre que pode incentiva amigos e colegas a fazerem o mesmo, pois acredita que os portugueses ainda não estão sensibilizados para esta causa primordial.

António Russo tem 74 anos e também é dador: «senti necessidade de o fazer há cerca de 20 anos atrás para poder salvar a vida de meu pai que estava a precisar urgentemente de uma transfusão. Desde aí que sou dador pois vejo a importância de o fazer». Mais do que isso, António já necessitou de sangue também para lhe salvar a vida: «por essa razão, dou ainda mais valor à dádiva».

Marisa Alves não é dadora mas já necessitou muito de uma transfusão de sangue: «fiz uma operação e como no pós-operatório não estava muito bem, necessitei urgentemente de uma transfusão de sangue. Nunca pensei que fosse precisar mas precisei e foi muito importante». Desde aí que sentiu na pele a importância que existe em dar sangue pois: «podemos salvar várias vidas de uma forma tão simples!»

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