26 janeiro, 2005

Pantanal

No interior da América do Sul, o Pantanal Matogrossense é a maior extensão húmida do planeta e uma das mais exuberantes e diversificadas reservas naturais do Mundo. Por essa razão, a UNESCO reconheceu-o como Património da Humanidade.

Por: Amanda Alves

Esta zona foi descoberta pelos bandeirantes do século XVIII, que a colonizaram respeitando os pantaneiros (nome dado aos habitantes desta zona que, na altura, eram os índios e hoje, os seus descendentes). Daí que, passado mais de 200 anos de ocupação e exploração económica, a natureza continue praticamente inalterada.

Todo o Pantanal faz parte da bacia do rio Paraguai, constituindo-se uma imensa planície de áreas alagadas. A união deste factor com o clima e o relevo favoreceram o desenvolvimento das várias espécies animais e vegetais que povoam toda a sua extensão.

Todavia, precisamente por isso, têm-se verificado vários problemas ambientais, tais como a pesca predatória, a caça de jacarés e a poluição dos rios devido ao mercúrio utilizado nos garimpos do ouro e dos diamantes, que mata várias espécies de peixes, entre outros animais. O Estado do Mato Grosso tenta sanar este problema através de uma vigilância mais cerrada. Mas essa parece ser uma tarefa impossível perante a imensidão da região.

No entanto, ao contrário do que se possa pensar, o aumento do turismo no Pantanal tem servido para diminuir estes problemas ambientais. O eco-turismo - que não é mais do que uma observação e consciencialização da fauna e da flora existente, através de actividades aventureiras que saciam o nosso instinto – revela-se um factor importante de equilíbrio ambiental.

Prova de que o Pantanal é um lugar onde se preza a preservação do natural, é que ainda existem nove tribos indígenas distintas que habitam no seu local de origem, embora tenham sofrido, inicialmente, com a chegada dos brancos, que traziam consigo doenças e novos costumes.

Este é um lugar maravilhoso que, em tempos, poderia ter sido o tão almejado "Eldorado", imaginando como seriam as ruas calcetadas de pedras preciosas, fruto da tamanha quantidade de preciosidades que se encontravam nas minas e nos fundos dos rios.

Hoje, só nos resta dar uso à imaginação ou ver fotos deste passado verdadeiro, de que o homem, com a sua ganância, usou e abusou.

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